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O compositor Valdemar de Oliveira disse certa vez que o “frevo não é planta que se transplante”. Sua intenção era dizer que só em Recife e em Olinda ou, no máximo, no restante de Pernambuco era possível tocar e dançar frevo com excelência.
O Brasil tem outros ritmos de difícil transplante, como o samba. No fundo, isso quer dizer que um nativo de uma região de um país continental, como o nosso, quase sempre sentirá dificuldade de interpretar a música alheia, de maneira perfeita.
Porém, executar está no âmbito dos profissionais de música. Nós, ouvintes, necessitamos apenas conhecer e reconhecer nossa cultura musical. É com essa intenção que estamos escrevendo a coleção Desvendando, isto é, com o objetivo de que as crianças do nosso país possam conhecer mais um pouco da nossa rica e frondosa cultura.
Já falamos da bateria da escola de samba, do grupo de maracatu, da banda de rock e, agora, vocês vão conhecer a orquestra de um ritmo que é Patrimônio Imaterial da Humanidade. Estão vendo como o frevo é importante?
No entanto, ele ainda não tem o destaque que merece em todos os estados do país. Por isso, nós vimos falar do frevo e da orquestra de frevo de rua, para que você acrescente à sua brasilidade esse ritmo, que é a alma do povo pernambucano e, se é pernambucano, é brasileiro. Bem, se é brasileiro, é nosso também.
Fique atento às reportagens e documentários, na TV, sobre o frevo; procure ouvir frevos e certamente você sentirá um pouquinho mais de orgulho de ser brasileiro.

Márcio Coelho e Ana Favaretto